I – POR TRÁS DA FOME NO MUNDO

“Detesto exceções e privilégios. O que não pode ser de todos, não o quero para mim.” Gandhi Planeta Terra: 7 bilhões de pessoas – 925 […]

“Detesto exceções e privilégios. O que não pode ser de todos, não o quero para mim.”
Gandhi

Planeta Terra: 7 bilhões de pessoas – 925 milhões com fome crônica.

Falta de alimentos? Não Falta de consciência.

 

Você sabia que, se numa área de terra qualquer, cultivamos forrageiras para alimentar o gado, este afinal irá alimentar mil pessoas: mas, se nessa mesma área plantarmos grãos, serão alimentadas por eles quatorze mil pessoas.

Essa é a proporção real: 14 por 1.

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Multiplique isso por milhares. Por milhões. E saberá para onde vai a comida das crianças famintas do planeta Terra.

Mais precisamente, um terço dos grãos do mundo vira comida animal!

E mais: os animais de corte são verdadeiros “sumidouros de proteínas”. De toda a proteína que um boi consome – 100 % – sabe quanto ele vai devolver? Dez por cento.

Isso faz da carne o alimento mais anti-econômico e elitista da planeta. Enquanto milhões de pessoas morrem de fome, utiliza-se imensas extensões de terra, água e grãos para criar e alimentar animais para suprir os consumidores de carne.

Só o rebanho bovino do Brasil tem 172 milhões de cabeças. Uma para cada brasileiro! Cada um desses bovinos recebe, com certeza, melhor alimentação do que nossos milhões de crianças subnutridas e famintas.

Tomemos a soja,uma fonte magnífica e barata de proteínas. O Brasil está coberto de um mar de soja. A América do Sul,  já é o maior exportador de soja do mundo – Brasil e Argentina exportaram 86 milhões de toneladas na última safra.

Um país assim não deveria ter desnutridos nem famintos. Mas, o que acontece com a nossa soja? Em vez de alimentar pessoas,vai alimentar o gado do Primeiro Mundo, para os que pagam em dólares aos nossos produtores. Que dormem tranquilos, à noite, sem sequer cogitarem do significado social do alimento que plantam.

O que nos leva a uma questão igualmente nevrálgica.

O alimento que a Terra generosamente produz para o sustento de todos os seus filhos, deveria ser um patrimônio de toda a humanidade. São as energias do Sol, armazenadas pelos vegetais – que nos são doadas de graça. Por que razão nós permitimos que essa dádiva da Natureza para sustentar a humanidade se transformasse em objeto de lucro de uns poucos, em detrimento de todos?
O alimento devia ser produzido e consumido por cada comunidade, para nutrir todos os homens: mas nós o transformamos em objeto de comércio.

E de lucro! E enquanto as indústrias de alimentos – as segundas mais lucrativas do mundo – enriquecem alguns, o alimento necessário é negado às classes miseráveis. Transformar os frutos da Terra em objeto de comércio, especulação e lucro, é tão imoral como pretender-se vender a luz do sol ou o ar.

A Terra pode perfeitamente produzir o suficiente para alimentar toda sua população atual e mais ainda. Bastaria que alimentássemos pessoas em vez de gado.
Cosumir carne nos faz – mesmo a contragosto – coniventes com a fome, a desnutrição, e a especulação e o lucro daqueles que ganham comece desperdício energético que assola o planeta.

O que você acha?

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