VIII – O COMBUSTÍVEL SECRETO

Enquanto aceitarmos ser túmulos ambulantes de animais sacrificados, como poderemos ter condições ideais nesta terra? Leon Tolstói “O que está em cima é como o […]

solEnquanto aceitarmos ser túmulos ambulantes de animais sacrificados, como poderemos ter condições ideais nesta terra?

Leon Tolstói

“O que está em cima é como o que está embaixo”. O preceito hermético é o que melhor descreve a constituição do universo.
A nutrição é processo inevitável em todos os planos. Nas regiões mais elevadas do plano astral, pela absorção consciente do prana, a energia solar, através da respiração.

Um terço, talvez, da humanidade atual (encarnada e desencarnada) habite esses níveis (nem falemos dos superiores).

O resto, é aquilo que se sabe: o Umbral — a extensa faixa vibratória colada à crosta terrestre, com vários sub-níveis, e as regiões das trevas mesmo.

E como se nutrirão os desencarnados “colados” à crosta, os milhões que desencarnam imantados às sensações físicas, únicas das quais extraem o seu prazer e razão de viver? Com todas as sensações e emoções que os alimentavam na Terra —
mas sem condições de obtê-las? Comida, onde? Bebida, drogas, o cigarro inseparável, o sexo compulsivo — e agora, José?
Logo, logo, o desencarnado infeliz, escravo das sensações e sem vontade de subir na vida astral, descobre os tristes macetes de “sobrevivência” e “usufruto energético” no astral inferior, e se dá conta de que a energia vital — o famoso “ectoplasma” dos corpos vivos — é a mercadoria mais cobiçada do além, a nefanda moeda de troca em conluios de vinganças e obsessões.

E, a propósito: ONDE se localiza o depósito dessa famosa “energia vital” nos corpos vivos, animais e humanos? É o sangue o depositário ou veículo dessa corrente prânica. O sangue é um reservatório incrível das mais intensas energias da vida.
Em consequência disso, ocorre o que explica Ramatís:
Em torno da crosta movimenta-se extensa multidão de espíritos exauridos pelas paixões e vícios, famintos de vitalidade e aflitos para obterem o “tônus vital” que viceja no sangue.
Ah, você acha que é exagero? Vejamos uma cena real, vivida por André Luis junto com o mentor Alexandre, e por ele descrita em Missionários da Luz:

Diante do local em que se processava a matança dos bovinos, percebi um quadro estarrecedor:
grande número de desencarnados, em lastimáveis condições, atiravam-se aos borbotões de sangue
vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora.

Alexandre esclareceu-me com serenidade: — Estes infelizes irmãos estão sugando as forças do plasma sanguíneo dos animais. São famintos que causam piedade.
Porque tamanha sensação de pavor, meu amigo? Não visitávamos nós ambos, na Crosta, os açougues mais diversos? Acercam-se os desencarnados, tão inferiores quanto já o fomos, dos animais mortos, cujo sangue fumegante
lhes oferece vigorosos elementos vitais.
(Ed. FEB, 1965, cap. “Intercessão”).

Essa é a nossa “contribuição” para o cenário astral do planeta:
o fornecimento de sangue de criaturas vivas, que alimenta o primitivismo dos desencarnados e fornece combustível  para as maltas obsessoras. E para os líderes da Sombra perpetuarem a dominação sobre os encarnados e desencarnados.

Diariamente, um verdadeiro banho de sangue cobre o planeta, pela matança de milhões de animais inocentes. E do lado de lá, se repetem os processos de vampirização energética dos encarnados, de vinganças e obsessões.
No capítulo “Vampirismo” da mesma obra de André Luis, o mentor Alexandre abre o jogo: existem, sim, e em quantidade,
entidades vampirizadoras do astral; e sob o espanto de André Luiz, declara:
— Bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros encarnados, e sugar-lhes a substância vital.
— Meu Deus! — exclamei, sob forte espanto.
— Porque tamanha estranheza? — perguntou o cuidadoso Orientador. — E nós outros, quando ainda nas esferas da carne? Nossas mesas não se mantinham à custa das vísceras dos touros e das aves? A pretexto de buscar recursos proteicos exterminávamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis. Sugávamos os tecidos musculares, roíamos os ossos. (…)
— Contudo, a idéia de que muita gente na Terra vive à mercê de vampiros invisíveis é francamente desagradável e inquietante.
E a proteção das entidades angélicas?
— André, meu caro, devemos afirmar a verdade, embora contra nós mesmos. Atrever-nos-íamos a declarar que fomos bons para os seres inferiores?
Eles não nos encaram como superiores generosos, mas como verdugos cruéis. (…) Se não protegemos nem educamos aqueles que o Pai nos confiou, se abusamos largamente de sua incapacidade de defesa, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios? Se temos sido vampiros insaciáveis dos seres frágeis que nos cercam, não é demais que venha a cair a maioria das criaturas no vampirismo das entidades que lhes são afins, na esfera invisível.

É a mesma advertência que faz Ramatís:
“Os homens são fornecedores da substância vital através do trucidamento de bois, carneiros, suínos, vitelas, cabritos, coelhos, galinhas e gansos, cujo sangue inocente é vertido no piso de matadouros e frigoríficos. E depois sucumbem aos processos de obsessões, vampirismo e vingança dos magos das sombras, alimentados por essa energia vital!”

Se você acha isso chocante, devo dizer-lhe que é mesmo.

Não o vampirismo do além: ele é consequência. Chocante é esse triste quadro de nosso planetinha azul diariamente encharcado
de sangue, os pobres animais esquartejados transportados para os açougues, onde os homens buscam suas porções de
carne morta para disfarçarem com temperos e apelidos, e depois as sepultarem no estômago.

E como podemos esperar o saneamento do planeta, se estamos alimentando incessantemente o astral inferior com esse combustível detestável do sangue, mantendo a dominação das Sombras?

Pense nisso. Pense nisso em sua próxima refeição, em sua próxima ida ao supermercado e ao açougue.

O que você acha?

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