No Brasil as primeiras iniciativas chegaram entre as décadas de 80 e 90. Muitas discussões sobre “quem” trouxe essa metodologia para nosso país têm causado grandes problemas e controvérsias, e mais uma vez, um ótimo trabalho tem sofrido perdas em função de pensamentos particulares e interesses pessoais e egocêntricos.
Como já comentamos, os próprios criadores da Permacultura, mesmo em um país desenvolvido como a Austrália foram mal vistos, imaginemos isso em um país de coronéis, políticos corruptos e grandes fazendas/empresas.
Atualmente muitas iniciativas já ocorrem no Brasil, algumas já institucionalizadas através de ONGs – foram criados institutos de Permacultura nos diferentes biomas e estes tem atuado como centros irradiadores com programas de cursos, vivencias, elaboração e execução de projetos. Mesmo com grandes diferenças entre os climas dos extremos sul e norte, centro-oeste, nordeste muitos trabalhos com comunidades nestes desde ribeirinhos, quilombolas, periferias urbanas, indígenas, agricultores familiar vem sendo realizados com sucesso, alguns mostram resultados muito positivos assim como nos mostra que a Permacultura deve ser adaptada a realidade local e sempre pode ser aperfeiçoada.
Permacultura e as instituições / pesquisa / comunidades e pessoas
O permacultor utiliza conhecimentos de muitas áreas para fazer sua análise e tomar suas decisões, é o contrario do que se ensina nas escolas e universidades convencionais, pois estas separam tudo através das “especializações”. As práticas permaculturais apresentam resultados satisfatórios, existem ainda projetos em fase implantação para criar sistemas realmente sustentáveis, em alguns destes foi provado que a permacultura serve muito bem como alternativa para recuperação de áreas degradadas além de torná-las produtivas (agroflorestas). Em vários países e em alguns destes, escolas resolveram incluir a permacultura em seus currículos nos diferentes níveis de formação, por exemplo, a Escola Agrotécnica Federal de Manaus, onde os técnicos têm um módulo de pelo menos 40 horas. Além disto, muitos projetos são desenvolvidos em parceria com várias instituições – privadas ou publicas, governamentais e da sociedade civil organizada, porém ainda existem muitas barreiras a serem vencidas. Merece ênfase sob aspecto humano a interação multi e interdisciplinar que a Permacultura propicia desde a elaboração, planejamento e execução de suas intervenções, atividades e ações junto às comunidades envolvidas.
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