Comunicação Compassiva

Algumas vezes a Comunicação Não-Violenta (CNV) é chamada de Comunicação Compassiva. Seu propósito é fortalecer nossa habilidade de inspirar afeto e responder afetivamente às pessoas e a nós mesmos

A CNV nos orienta a rever a maneira pela qual nos expressamos e ouvimos os outros e a nós mesmos, focando nossa consciência no que estamos observando, sentindo, valorizando (necessitando) e pedindo.

A Comunicação Não-Violenta é mais do que um processo ou uma linguagem, apesar de ser ensinada através da aplicação de um modelo concreto e considerada como “um processo de comunicação” ou de “linguagem” sua aplicação envolve uma consciência de humanidade mais profunda. Nosso condicionamento cultural freqüentemente direciona atenção para maneiras pouco prováveis de conseguirmos a qualidade de interação e troca que realmente queremos assim o modelo proposto pela CNV serve como um constante lembrete ao focarmos nossa atenção em lugares onde têm maior probabilidade em viabilizar o que buscamos – um fluxo entre nós mesmos e as outras pessoas, com base em ação mútua de coração para coração.

A CNV não tem nada de novo, é fundamentada na linguagem e nas habilidades em se comunicar que desenvolve nossa capacidade de permanecer humanos, mesmo diante de situações difíceis e desafiadoras. Tudo que foi integrado à CNV é conhecido há séculos. A intenção é nos lembrar infinitamente do que já sabemos – sobre como nós, humanos, fomos criados para nos relacionar uns com os outros – e nos ajuda a viver de tal forma que possamos manifestar esse conhecimento de forma concreta no cotidiano.

A utilização da CNV não requer que as pessoas com quem nos comuniquemos tenham conhecimento dela, ou sequer estejam dispostas a se relacionar conosco de forma harmoniosa. Se nós nos mantivermos dentro dos princípios da CNV, com a única intenção de oferecer e receber afetivamente, e fazer tudo que for possível para deixar claro para os outros que é essa a nossa única motivação, eles se juntarão a nós nesse processo e conseqüentemente seremos capazes de transformar a forma que interagimos, uns com os outros. Enquanto isso pode não acontecer imediatamente, temos por experiência que inevitavelmente o afeto floresce na medida em que permanecemos fiéis aos princípios e ao processo da Comunicação Não-Violenta.

Adaptado de “Nonviolent Communication: A Language of Life”, de Marshall B. Rosenberg, Ph.D., publicado por PuddleDancer Press, 

FONTE : COMUNICAÇÃO EFETIVAFETIVA

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