A palavra “Metafísica” significa “além do físico, do material” (meta: além, e física: matéria). Assim, é compreensível que esse nome tenha sido dado a um “movimento de pensamento” que se difunde no Brasil, mais intensamente em São Paulo, há uns trinta anos, e que afirma e comprova que não somos seres passivos frente a um destino aleatório – cruel ou risonho, mas tão indecifrável quanto indeterminado – e sim agentes constantemente ativos, mesmo que nem sempre conscientes, de tudo aquilo que nos acontece de agradável ou desagradável.Ao que sabemos, (já que não estão disponíveis, até o momento, registros precisos), a princípio ele teria sido inspirado numa linha de pensamento proveniente da Metafísica – o Mentalismo, que começou a tomar força nos Estados Unidos por volta de 1900, sendo lá bastante conhecido e praticado, especialmente na Califórnia, estado americano que se destaca pelo grande fluxo de idéias inovadoras que se refletem nas artes, nas ciências, nos costumes e na elevação da qualidade de vida.
Chegando até nós, porém, essas idéias teriam encontrado terreno fértil, aliando-se a profundos conhecimentos espiritualistas já atualizados, assimilados e experimentados por boa parte das pessoas que aqui se interessam em conhecer a vida de um jeito mais claro e mais significativo. Nascia, então, essa Metafísica que vem despertando a atenção tanto de estudiosos quanto daqueles menos habituados a estudar, uma vez que, além de ser tema de livros, palestras, cursos e grupos de estudo, é veiculada democraticamente por emissoras de rádio AM e FM, estando agora acessível também aos internautas.
Alguns metafísicos respeitados falam da possibilidade, ou da necessidade, de se encontrar um outro nome que transmita melhor o significado dessa Metafísica de hoje, desvinculando-a da filosofia clássica. De qualquer forma, o termo que prevalece até agora é esse, e é assim que uma outra maneira de pensar e de sentir a vida está se popularizando. Do nosso ponto de vista pessoal, ela bem pode ter sua raiz na Metafísica Clássica, tendo incorporado, contudo, a contribuição valiosa e enriquecedora de conhecimentos posteriores, entre os quais os estudos da Psicologia e as constatações acerca da espiritualidade, que fizeram com que passássemos a considerar fenômenos antes tachados de místicos ou sobrenaturais como sendo expressões de uma natureza ainda pouco estudada e pouco levada em conta pelas chamadas ciências acadêmicas. Por esse ângulo, tratá-la como “Metafísica atual”, para nós, está satisfatório.
Sem nenhuma conotação religiosa ou doutrinária, as idéias metafísicas independem de qualquer opção de religiosidade. Entretanto, aqueles que as abraçam caracterizam-se, em especial, pelo cultivo de uma espiritualidade cada vez mais livre e mais independente.
A Metafísica atual não apresenta mestres ou líderes. Ainda assim, alguns nomes se destacam pelo valor da contribuição que vêm prestando ao desenvolvimento e ao aprofundamento dessa nova visão. Entre eles, um dos mais expressivos e atuantes é Luiz Antonio Gasparetto, autor de grande número de livros publicados em sucessivas edições, conhecido internacionalmente por seu trabalho mediúnico e um dos principais comunicadores metafísicos da atualidade.
Ainda segundo o que sabemos, foi Gasparetto quem iniciou a popularização desses conceitos entre nós, aqui no Brasil, depois de ter entrado em contato com eles e de ter sentido seus efeitos durante o tempo em que viveu na Califórnia, buscando complementar estudos na área da Psicologia. Desde então, ele vem ampliando e aprofundando essa visão metafísica por meio dos próprios conhecimentos científicos e também da sua apurada sensibilidade espiritual e mediúnica.
Aliás, a Metafísica atual apresenta essas duas características importantes: aqueles que se dedicam a estudá-la e a praticá-la profunda e verdadeiramente, somam a ela a contribuição dos seus próprios conhecimentos e experiências pessoais, conforme sua área de pesquisa e atuação; o outro fato importante que a caracteriza é a fácil assimilação popular. Em linguagem simples, ela toca o coração das pessoas e movimenta a sua inteligência, levando ao seu conhecimento essa “outra maneira de pensar e de sentir a vida”, ou levando, em outras palavras, a proposta do desenvolvimento contínuo e gradual da consciência. Estimulando o nosso poder de discernimento e a nossa responsabilidade diante da vida, independentemente de “classes” sociais (culturais ou econômicas), possibilita a efetiva transformação individual e social que, sabemos, só pode ocorrer de dentro pra fora de cada um de nós, em benefício do bem coletivo.
(Fonte: dedentroprafora)
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