A INTENÇÃO DA PALAVRA

O que muda com as Festas Natalinas? O que muda com a entrada de um Novo Ano? Considero o Natal como sendo uma festividade eminentemente […]

O que muda com as Festas Natalinas? O que muda com a entrada de um Novo Ano?

Considero o Natal como sendo uma festividade eminentemente FAMILIAR. Neste momento nos tornamos mais sinceros, mais amigos, mais justos, mais pais, mais filhos, mais avôs, mais irmãos, mais e muito mais saudosos; além é claro, de nos tornarmos mais humildes.

Infelizmente ainda não nos comportamos como sendo uma grande família. Tais predicados só se resumem aos nossos entes queridos; quando, em verdade isto deveria ser uma praxe dentro do nosso cotidiano. Enfim, sinto saudade da minha educação quando me levantava e dava lugar a uma senhora ou a um senhor dentro de um simples ônibus.

A propagada FRATERNIDADE UNIVERSAL só existe em determinados momentos e, ainda, sem acontecer todos os dias e em todas as horas. Que lástima! O pior é que nos julgamos evoluídos. O pior é que nos comportamos dentro de um EGOISMO SEM PRECEDENTES. O pior é que precisamos de Leis para dizer como devemos nos comportar, não importando o lugar ou em qual ocasião, que se faça necessária exercitarmos o respeito ao nosso próximo.

Ah! Jesus, meu Jesus Sertanejo, pelo visto ainda haveremos de caminhar e muito caminhar para fazermos renascer dentro de nós, o verdadeiro espírito da confraternização universal, não como Palavras; mas, sim, com Intenções, Atenções, Gestos e Atitudes da forma mais simples e trivial possível.

Considero o Natal como sendo o momento de “lavarmos a nossa roupa suja”. A sujeira vem mais como sendo uma tentativa de purificação do nosso EGOÍSMO. Nós tornamos bonzinhos, cordeirinhos bem comportados e supostamente atenciosos. Tentamos com meros presentes e mensagens mexer com o amor próprio das pessoas, dos nossos congêneres e pasmem até mesmo com os animais e a própria natureza. Sim, porque enfeitamos ÁRVORES que lá sempre estiveram e nunca receberam as devidas atenções, no sentido amplo da palavra.

Poderia discorrer fatos e mais fatos, comparações e mais comparações. Mas, de que adiantaria se continuamos, espero que poucos ainda se deixem levar por um período Natalino, para refletir, para se autoanalisar e, mesmo que momentaneamente aja de forma diferente, daquela praticada ao longo dos meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos, que antecedem a este luminoso período.

E quanto ao sentimento do Ano Novo? O que podemos realmente, de fato, desejar ou sonhar para que aconteça durante o novo ano? É neste momento que conhecemos todas as intenções, o intimo, o interior de cada um de nós. Neste momento a materialidade e o egoísmo imperam sobremaneira – com certeza! Infelizmente os desejos (espero que de muitos poucos), se voltam para o nosso egocentrismo. São desejos eminentemente mesquinhos e altamente pessoais e individualizados.

Como diz o matuto, cá para as nossas bandas Nóis num vai cum sede, nós vai com a bexiga taboca! Nóis num percebe, nóis dá fé! Nóis num se diverte, nóis bota pra decê!

Quem sabe se a máxima da vida não seria bem mais aconselhável, nesta reflexão, do tipo: Amar ao Criador sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo? Agora sim, posso esperar que todos vocês tenham tido e curtido O BOM NATAL e, assim, com certeza haveremos de raiar no novo ANO com muita LUZ, envoltos na poderosa Luz da Fraternidade Universal, ampla e irrestrita!


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