Com a chegada do frio, aumentam os casos de rinite, sinusite e demais doenças respiratórias. O tratamento de escolha para estas doenças consiste geralmente de descongestionantes – que podem conter em sua formulação derivados da cortisona.
No entanto, o uso indiscriminado de descongestionantes nasais, especialmente corticóides, tem suas desvantagens. Corticóides são substâncias semelhantes ao cortisol, hormônio produzido pelas glândulas adrenais (as mesmas que produzem a famosa adrenalina). Ele é secretado em situações de estresse, para aumentar a pressão arterial, elevar a glicemia, diminuir a dor e assim facilitar num processo de fuga. Por seu efeito antinflamatório, eles são largamente utilizados na prática clínica desde a década de 1950.
Seus efeitos colaterais são bem conhecidos, dentre eles a Síndrome de Cushing, um desequilíbrio hormonal que leva a aumento de peso, depósito de gordura na face, no tronco e pescoço, além de afilamento dos braços e pernas, diminuição da musculatura e fraqueza. Há diversos relatos na literatura de pessoas que desenvolveram esta doença pelo uso abusivo de descongestionantes nasais e pomadas à base de corticóides.
Como todo medicamento, eles exigem acompanhamento criterioso, mas com um cuidado extra. Mesmo com os derivados mais seguros que existem hoje, é fundamental respeitar a dose e o tempo de uso prescrito pelo médico.
Por conta dos efeitos colaterais dos medicamentos alopáticos, é grande a procura por tratamentos naturais. Mas mesmo neste caso é preciso ter a orientação de um profissional de saúde.
Das muitas plantas usadas popularmente para o tratamento de infecções respiratórias, como a sinusite, uma muito conhecida é o eucalipto. Essa árvore australiana pertence à mesma família botânica da goiaba, pitanga, jabuticaba, cambuci, entre outras frutas brasileiras. Ela foi introduzida no Brasil há mais de um século, para servir de matéria prima à produção de papel, devido ao seu crescimento rápido que permite um alto rendimento em celulose em pouco tempo. O eucalipto também apresenta a capacidade de absorver muita água do solo, e por isso é muito usado em paisagismo urbano para drenar terrenos úmidos.
Das várias espécies de eucalipto, algumas são mais aromáticas, outras nem tanto. Mas praticamente todas elas têm o mesmo odor típico e agradável. Só de chegar perto de uma praça de eucaliptos, já sentimos abrir as narinas. Talvez seja por isso que os bosques de eucaliptos sejam tão procurados para a prática da caminhada.
Há alguns anos, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará, em parceria com o Medical College da Geórgia (EUA) testaram várias espécies de eucalipto, dentre elas Eucalyptus citriodora e Eucalyptus globulus. Eles constataram que o óleo essencial extraído das folhas dessa árvore induz a um efeito analgésico ao nível do sistema nervoso central. Ou seja, além da ação descongestionante local, ela também teria um efeito farmacológico, de aliviar dores e outros sintomas físicos comuns nas doenças respiratórias. Isso explicaria o seu uso popular.
Há diversas outras plantas usadas comumente para o tratamento de sinusites e outras doenças respiratórias, dentre as quais podemos citar: a sálvia (Salvia officinalis), planta aromática da mesma família da hortelã e do orégano, possui propriedade antisséptica e descongestionante, e suas folhas são muito usadas para fazer inalações; a calêndula (Calendula officinalis), muito conhecida em pediatria e dermatologia, também é indicada para o mesmo fim (inalação com o chá das flores) e a equinácea (Echinacea purpurea) que já era usada pelos índios norte-americanos, e hoje é conhecida no mundo todo por sua propriedade estimulante do sistema imunológico.
Como já dissemos, mesmo para o uso de plantas é preciso contar com o apoio de um profissional da saúde, e adquiri-las em local confiável. Uma planta tradicional brasileira, a buchinha do norte (Luffa operculata), pode provocar sangramento nasal e aborto se usada incorretamente. Plantas mal armazenadas podem trazer fungos e outros contaminantes que agravam ainda mais o quadro clínico.
Mas, como nem sempre temos à mão os chás e outros materiais para inalação, podemos utilizar medicamentos elaborados a partir de plantas com longa tradição de uso, coletadas ou cultivadas de forma a produzirem princípios ativos seguros e confiáveis. Com base nas matérias médicas homeopáticas, no conhecimento goetheanístico da natureza e do ser humano, e em outras fontes como a Teoria das Assinaturas de Paracelso (segundo a qual uma planta possui indicação terapêutica relacionada ao ambiente onde ela cresce), já foram criados vários medicamentos. Rudolf Steiner resgatou esse conhecimento sob um olhar científico, e foi capaz de explicar fenômenos antes só experimentados na prática, mas sem uma explicação lógica. Exemplos? Dissemos que o eucalipto absorve muita água da terra, certo? Essa mesma propriedade “secativa” está presente no medicamento. E outra árvore que faz esse mesmo processo é o carvalho (Quercus), também indicado na homeopatia.
LIMPEZA DAS NARINAS – JALA NETI
Jala Neti é um dos Kryias do Yoga, uma técnica usada para limpar as narinas através da condução de água pela cavidade nasal. Ele é indicado para eliminar a mucosidade acumulada na cavidade nasal, desobstruir os orifícios de drenagem dos seios faciais evitando a sinusite, fazer a assepsia do local e como profilático para gripes e resfriados. Essa limpeza estimula os olhos e melhora a visão. Este método pode parecer incômodo, mas essa impressão se desfaz após a primeira tentativa, pois sua excecução é muito simples.
EFEITOS:
- Elimina o excesso de muco e os resíduos da poluição.
- Previne e atenua doenças respiratórias como alergias, resfriados, sinusites e rinites.
- Atua sobre olhos, ouvidos e garganta. Melhora miopia, alguns tipos de surdez por excesso de secreção e inflamação de adenóides.
- Tem efeito calmante e refrescante sobre o cérebro e é benéfico no tratamento da enxaqueca e da epilepsia.
- Ativa o ájña chakra, o centro energética entre as sobrancelhas, que é responsável pela intuição e meditação.
COMO FAZER:
Para fazer essa limpeza você precisa de um lota. Esse instrumento parece um pequeno bule e tem um bico apropriado para inserir nas narinas. Para manter seu lota sempre limpo, lave-o com água e sabão e guarde em local livre de poeira. O melhor horário para fazer o Jala Neti é pela manhã, ao acordar. Nunca faça antes de dormir, pois se ficar um pouco de água acumulada na cavidade nasal, poderá ir para o ouvido quando você estiver deitado. Coloque 1 colher (chá) de sal grosso em 1/2 de litro de água mineral. Ferva a mistura por alguns minutos e deixe esfriar até que a água esteja morna. Ponha a solução no lota e introduza o bico em uma das narinas. Tombe a cabeça para frente e para o lado e introduza o bico do lota de forma que a água flua de uma narina à outra. Respire pela boca durante o Jala Neti. Cuidado para que a cabeça não tombe para trás, nem deixe que ela tombe muito para os lados. Se o ouvido ficar mais baixo do que as narinas, a água poderá ir para o canal auditivo. Repita introduzindo a água pela outra narina. Termine secando as narinas como se você assoasse o nariz sem criar pressão nelas. Assoe algumas vezes com a cabeça tombando para frente, algumas com a cabeça tombando para cada lado e mais algumas com ela tombada para trás.
CUIDADOS ESPECIAIS:
Não faça o Jala Neti se as narinas estiverem completamente bloqueadas e a água não conseguir passar. Não force a passagem da água. Não faça o Jala Neti quando houver sangramento ou hemorragia nas narinas. Se sentir ardor nas narinas, procure ajustar melhor a quantidade de sal. Experimente aumentá-la ou diminuí-la. A medida que damos acima é muito confortável para a maioria das pessoas. Se der vontade de espirrar, veja se a temperatura da água está adequada. Você deve ser capaz de manter o dedo dentro da água sem desconforto. Se sentir que as narinas ressecam com o sal, diminua um pouca a quantidade de sal ou passe um pouco de azeite por dentro das narinas usando o dedo mínimo. Isso protegerá as mucosas.
ONDE COMPRAR:
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